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domingo, 6 de junho de 2010

VENHA CONHECER ARACAJU

 

Quando o presidente provincial de Sergipe, Inácio Joaquim Barbosa, transferiu, em 17 de março de 1855, a capital do estado para Aracaju, atendendo aos apelos dos donos de engenho que queriam um porto maior para exportar o açúcar para a Europa, possivelmente não sabia que naquele local estava sendo plantada uma das mais belas capitais do Nordeste.

Junção das palavras arara - ave hoje não tão comum - e cajueiro, Aracaju vem mantendo uma atmosfera de cidade calma, com grande vocação para deixar seus visitantes bem à vontade. Com uma orla de fazer inveja, a capital sergipana respira brisa marinha em qualquer quadrante, tem uma temperatura média anual de 25 graus e cerca de 500 mil habitantes. Suas ruas, avenidas e quarteirões estão dispostos de maneira ordenada. E a infra-estrutura hoteleira conta com mais de 50 hotéis, pousadas e apart-hotéis, com preços para todos os bolsos.

Suas praias oferecem águas calmas, tépidas e convidativas. Artistas, Atalaia, Aruana, Robalo, Náufragos e Mosqueiro são emolduradas por quiosques, que servem o que há de melhor na culinária local: caranguejos, camarões e os caldinhos de lambreta e de sururu.

Para quem gosta da noite, Aracaju é também um prato cheio. À beira-mar, os bares estão sempre lotados e são encontradas especialidades gastronômicas de todas as partes do mundo. O clima facilita o encontro das pessoas e, de terça-feira a domingo, a orla fica lotada de gente de todas as idades. A festa nos fins de semana vai até o sol raiar.

Banhada pelos rios Sergipe e Vaza Barris - o berço dos manguezais, maternidade dos caranguejos, crustáceos e moluscos -, Aracaju ainda oferece, para os mais aventureiros, opções como mergulho em lajes de corais, a menos de uma milha da costa. Assim, pode-se conhecer os interiores de diversos navios naufragados a cerca de 30 metros de profundidade, bem em frente à praia Náufragos. Mas não é só praia, Aracaju oferece alternativas como a Colina de Santo Antonio, marco de fundação da cidade, o centro histórico, as igrejas, os mercados revitalizados Thales Ferraz e Antonio Franco, o Centro de Turismo, onde estão expostas peças de artesanato e de artistas sergipanos, o Memorial Sergipe, que reúne um acervo histórico-cultural significativo, e o Mercado Municipal, que permite uma visão completa da alma do povo sergipano através da culinária e do artesanato.

Fonte: http://www.tursimosergipe.net turismo_sergipe

 

 

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ARACAJU, CAPITAL DA QUALIDADE DE VIDA NO BRASIL

 

A saúde está na praça, bem ao lado de casa. A qualquer hora do dia, professores de educação física estão a postos para orientar milhares de alunos – e de graça. É muito fácil espantar a preguiça quando se vive em Aracaju.

"Se a gente ficar em casa quietinha daqui a pouco está com depressão e estresse. E aqui ninguém tem estresse nem dores", afirma dona Maria José de Santana, de 64 anos.

"Eu me preocupo muito. O povo pensa que saúde é ir para o médico, trazer um monte de comprimido e tomar. Saúde é à base de alimentação e ginástica. O comprimido é em último caso", ensina dona Juliana dos Santos, de 64 anos.

O hábito de usar a bicicleta ganha incentivo extra quando se tem quase 40 quilômetros de ciclovia. A vida é mais tranqüila em uma cidade com pouco mais de 500 mil habitantes. E a saúde agradece quando são poucos os fumantes e se consome gordura e álcool com moderação. Junte a isso frutas, verduras e exercícios físicos e é possível chegar ao topo do raking da qualidade de vida.

Foi onde chegou a capital sergipana. Com exclusividade para o Globo Repórter, o Ministério da Saúde traçou o ranking das capitais mais saudáveis do país. Os pesquisadores ouviram 54 mil pessoas nas 26 capitais e no Distrito Federal.

A pesquisa mostrou que Natal é a capital brasileira com menor número de fumantes. Goiânia é onde mais se come hortaliças no país. Vitória é a cidade do exercício físico. As mulheres da capital do Tocantins estão com as menores taxas de excesso de peso. Já os homens da capital catarinense são os menos sedentários. Mas foi em Aracaju que a soma de todos os "bons comportamentos" alcançou a pontuação mais alta.

"O exemplo de Aracaju pode ser seguido por qualquer município. Está nas nossas mãos construir políticas públicas saudáveis, investir na promoção e na prevenção", aconselha a coordenadora da pesquisa, Deborah Malta.

O primeiro lugar foi conquistado com a adoção de novos hábitos e a preservação de velhas tradições.

"Para tudo eu tenho remédio: hortelã, malva, titoco", enumera Juliana. No quintal dela, disputam espaço ervas medicinais e frutas poderosíssimas, como a romã. "É próprio para fazer gargarejo. Se a pessoa tiver tossindo, é só pegar um pedacinho da casca e começar a mastigar que passa. É uma farmácia no quintal", diz.

A sabedoria popular já foi comprovada pela ciência. A romã não faz bem só para a garganta. Ela tem um altíssimo potencial antioxidante, combate o envelhecimento e contribui na prevenção de doenças graves como o câncer. Dona Juliana também tira do quintal tudo o que precisa para fazer o suco de limão e capim-santo, que garante energia extra.

"Esse suco ele serve para a pressão e para o intestino. É calmante e gostoso de tomar", afirma dona Juliana.

Assim como a dona de casa, o executivo também aposta no que é mais natural para manter a saúde. "Eu acho que a gente pode escolher como quer envelhecer. Eu acho que cuidando do corpo agora podemos ter um envelhecimento mais saudável", diz o empresário Alexandre Wendel.

Alimentação saudável aliada a exercícios físicos de três a cinco vezes por semana. Em 15 espaços públicos de Aracaju funciona a Academia da Cidade, projeto que já colocou o exercício na vida de cinco mil pessoas. A Universidade Federal de Sergipe (UFS) entra com os professores de educação física e os profissionais de saúde. A população se mobiliza.

"Nós temos indicadores de impactos bem marcantes. As pessoas já diminuem a freqüência às unidades básicas de saúde e a ingestão de medicamentos. Elas manifestam uma qualidade de vida melhor e se auto-percebem com uma saúde melhor", afirma Antônio César Cabral, idealizado da Academia da Cidade.

"Hoje no Brasil nós temos, por exemplo, 30% de pessoas sedentárias. Certamente é possível mover essas pessoas, transformá-las em pessoas menos sedentárias e mais ativas", acredita Deborah Malta.

"Tem final de semana que saio na sexta-feira, no sábado e no domingo. E na segunda-feira estou aqui de volta, com todo pique", afirma dona Maria José de Santana.

O pique de um junto com o pique de muitos. Ações que ajudam na promoção da saúde. É assim, com a soma de atitudes saudáveis, que cada um pode mudar a própria vida e melhorar até uma cidade inteira.

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Fonte: http://globoreporter.globo.com

ARACAJU – DE POVOADO À CAPITAL – BREVE HISTÓRICO

aracaju A história da capital de Sergipe, Aracaju - antigo povoado Santo Antônio de Aracaju é uma das mais inusitadas. Sua fundação ocorreu inversamente ao convencional. Ou seja, não surgiu de forma espontânea como as demais cidades, foi planejada especialmente para ser a sede do Governo do Estado. Passou à frente de municípios já estruturados, principalmente São Cristóvão, do qual ganhou a posição de capital. Acredita-se que uma capelinha, a Igreja de Santo Antônio, erguida no alto da colina, tenha sido o início da formação do arraial que se transformaria depois na capital do Estado.

A cidade de Aracaju, hoje com cerca de 550 mil habitantes, surgiu de uma colônia de pescador que pertencia juridicamente a São Cristóvão. Seu nome é de origem tupi, e, segundo estudiosos da língua indígena, significa cajueiro dos papagaios. Por ter o privilégio de estar localizado no litoral e ser banhado pelos rios Sergipe e Vaza-Barris, o pequeno povoado foi escolhido pelo presidente da província, Inácio Joaquim Barbosa, para ser a sede do Governo. Deixou para trás, além de São Cristóvão, grandes cidades como Laranjeiras, Maruim e Itaporanga d’Ájuda.

Inácio Barbosa assumiu o governo em 1853 com o desejo de fazer prosperar ainda mais a província. Ele sabia que o desenvolvimento do Estado dependia de um porto para facilitar o escoamento da produção. Apesar de várias cidades no Estado estarem desenvolvidas econômica e socialmente, faltava essa facilidade. O presidente contratou o engenheiro Sebastião José Basílio Pirro (homenageado com nome de rua em Aracaju) para planejar a cidade, que foi edificada sob um projeto que traçou todas as ruas em linha reta, formando quarteirões simétricos que lembravam um tabuleiro de xadrez.

            Com a pressa exigida pelo Governo, não houve tempo para que fosse feito um levantamento completo das condições da localidade, criando erros irremediáveis que causam inundações até hoje. O projeto da cidade se resumia em um simples plano de alinhamentos de ruas dentro de um quadrado com 1.188 metros. Estendia-se da embocadura do Rio Aracaju (que não existe mais), até as esquinas das avenidas Ivo do Prado com Barão de Maruim, e a Rua Dom Bosco (antiga São Paulo).

A cidade cresceu inflexível dentro do tabuleiro de xadrez. Aterrou vales e elevou-se nos montes de areia. Foram feitas desapropriações onerosas e desnecessárias, para que o projeto mantivesse a reta. A única exceção foi uma alteração imposta pelo próprio presidente, permitindo que a Rua da Frente ganhasse uma curva, criando a bela avenida que margeia o rio Sergipe. As terras de Aracaju originaram-se das sesmarias, doadas a Pero Gonçalves por volta de 1602. Compreendiam 160 quilômetros de costa, que iam da barra do Rio Real à barra do Rio São Francisco, onde em toda as margens do estuário não existia uma vila sequer. Apenas eram encontrados arraiais de pescadores. Há notícias de que às margens do Rio Sergipe, em 1669, existia uma aldeia chamada Santo Antônio do Aracaju, cujo capitão era o indígena João Mulato.

Quase um século depois, essa comunidade encontrava-se incluída entre as mais importantes freguesias de Nossa Senhora do perpétuo Socorro do Tomar do Cotinguiba. Os fatos mais relevantes da vida política de Aracaju estão registrados a partir de 1855. O desaparecimento das lutas e agitações da vida colonial possibilitou o crescimento da economia. O açúcar, produto básico da província, era transportado por navios que traziam em troca mercadorias e as notícias do reino.

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Fundação
17 de março de 1855

Gentílico
aracajuano

Lema
Pax et Labore
(Paz e Trabalho)

Formação Administrativa  

  • Distrito criado com a denominação de Aracaju, pela lei provincial nº 473, de 28-03- 1837.

  • Elevado à categoria de município e capital do estado de Sergipe, pela lei provincial nº 473, de 17-03-1855. Sede no atual distrito de Aracaju. Constituído do distrito sede. Pela lei municipal nº 84, de 27-01-1903, são criados os distritos de Barra dos Coqueiros e Porto Grande e anexado ao município de Aracaju.

  • Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município aparece constituído de 3 distritos: Aracaju e Barra dos Coqueiros e Porto Grande. Assim permanecendo nos quadros do recenseamento geral de 1-1X-1920. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município aparece constituído de 2 distritos: Aracaju e Barra dos Coqueiros. Não figurando o distrito de Porto Grande. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1950.

  • Pela lei estadual nº 525-A, de 25-11-1953, desmembra do município de Aracaju o distrito de Barra dos Coqueiros. Elevado à categoria de município.

  • Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

     

 

Fonte: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/sergipe/aracaju.pdf

EM SERGIPE, A QUARTA CIDADE MAIS ANTIGA DO BRASIL

 

Um referencial na história do Brasil colonial, Sergipe tem em São Cristóvão - quarta cidade mais antiga do Brasil (as outras são Salvador, Rio de Janeiro e João Pessoa) - e Laranjeiras exemplos raros de preservação no Brasil. Lá estão monumentos e objetos que remontam à colonização portuguesa.

Fundada por Cristóvão de Barros em 1º de janeiro de 1590, São Cristóvão guarda um fantástico patrimônio de arte sacra. O museu instalado na Igreja e Convento de São Francisco, por exemplo, é considerado o terceiro mais importante do Brasil em número e qualidade de peças expostas. Nas salas estão abrigadas peças de valor inestimável, como turíbulos, um Santo do Pau Oco em cedro (imagem no tamanho de homem, com o interior escavado, onde eram escondidos ouro e pedras preciosas contrabandeadas para Portugal), além de imagens e mobiliário típicos do período colonial.

No roteiro dos museus, está também o dos Ex-Votos na Igreja e Convento do Carmo. Ali, vive-se o simbolismo da cultura nordestina e a força da fé. São cabelos naturais, cabeças, pés, mãos e pernas de madeira e cera, representando graças alcançadas e promessas honradas. A cidade tem sete igrejas, como a de Nossa Senhora da Vitória, construída em 1608, o primeiro monumento tombado de Sergipe.

Na Praça de São Francisco, além do Museu de Arte Sacra, estão outros dois importantes monumentos: a Casa da Misericórdia, o primeiro hospital da província de Sergipe; e o Museu Histórico, antigo palácio provincial.

A arquitetura de São Cristóvão simboliza o projeto português para as cidades da época. Em dois planos: cidade alta - com sede do poder civil e religioso - e cidade baixa - local das fábricas, do porto e da população mais humilde. O casario guarda nas fachadas e nos telhados a divisão social do Brasil Colônia, com os telhados representando em suas beiradas cada grupo de poder.

Considerada o "Berço da Cultura Negra de Sergipe", a cidade de Laranjeiras teve a colonização iniciada pelos jesuítas no século 16 e é um centro de intensa religiosidade. Duas igrejas se destacam: a de Comandaroba, com o subsolo em pedra calcária entrecortado por túneis que guardam mistérios da época; e a do Sagrado Coração de Jesus, cuja construção, no século 17, é atribuída aos jesuítas. A Igreja do Sagrado Coração de Jesus possui ainda uma raridade: um órgão alemão em tubos feito no século 19. Na cidade está o único museu do Brasil dedicado ao negro, o Afro-Brasileiro, que tem um completo acervo de peças do período da escravidão.

turismo_sergipe Fonte: http://www.turismosergipe.net