A história de um povo pode ser manifestada no linguajar da sua gente, na sua culinária, nos hábitos corriqueiros dos seus cidadãos ou em ações grandiosas dos seus filhos ilustres. Pode ser conhecida pelas lutas do passado, por sua geografia, fauna e flora peculiares e contada através de livros, nos versos dos seus poetas, no sotaque que se ouve nas ruas, nas músicas dos cantores da terra, nas danças de raiz, nas manifestações culturais populares, através das artes plásticas exportadas para o mundo ou no artesanato que revela a singularidade de cada região.
Sobre esta perspectiva, a história e a cultura do povo sergipano pode ser encontrada e apreciada nas paredes, no piso e em toda a estrutura do Museu da Gente Sergipana, inaugurado na noite do sábado, 26, pelo governador Marcelo Déda.
Unindo o passado e o presente e o orgulho de ser da população da terra do cacique Serigy, o museu instalado no antigo prédio do Atheneuzinho, que foi totalmente restaurado pelo Banco do Estado de Sergipe (Banese), em parceria com o Governo do Estado, abriga um espaço multimídia de última geração, comparável ao Museu da Língua Portuguesa e o Museu do Futebol, em São Paulo.
“É um museu para elevar a autoestima do povo sergipano, para que nós possamos ter orgulho da nossa terra e do nosso povo, para que possamos perceber a grandeza da contribuição que o menor estado do Brasil ofereceu a nação brasileira. Aqui, nós teremos contanto com a cultura mais erudita de Tobias Barreto, da historiadora Maria Thétis Nunes, teremos a luta do nosso povo, folclore, a literatura de cordel, a culinária, tudo o que representa ser sergipano, para que quem venha de fora conheça melhor a alma da nossa gente e para nós sergipanos sairmos daqui orgulhosos de termos nascido nesse pequeno, mas belíssimo pedaço do Brasil”, declarou o governador.
O presidente do Banese, Saumíneo Nascimento (Foto: Marcelle Cristinne/ASN)
A tecnologia e modernidade presenciada no museu dialogam com o conceito moderno e de desenvolvimento que são marcas do Banco do Estado de Sergipe. “O Banese se consolidou como um exemplo de banco público, mas continuamos sempre em curso com a modernização. É nosso dever promover o interesse da sociedade da qual fazemos parte e este é um legado para as gerações futuras e um presente para atual geração”, garantiu o presidente do Banese, Saumíneo Nascimento.
Projeto âncora do Instituto Banese, o Museu da Gente Sergipana é um lugar de encanto que oferecerá aos seus visitantes a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre Sergipe e sobre o povo que contribuiu no passado e contribui no presente para formação desse pequeno grande estado. Apresentando aos turistas e sergipanos as riquezas matérias e imateriais dessa terra e permitindo que sua gente se reconheça em cada pedaço do museu.
Restauração
O Museu resgata o valor histórico do prédio do antigo Atheneuzinho, agregando à sua referência educacional de outrora, o conhecimento voltado para exposição do acervo do patrimônio cultural do estado. “Vocês se lembram que esse prédio era um conjunto de ruínas e hoje graças ao Governo do Estado, que doou o Atheneuzinho ao Banese e graças à sensibilidade e responsabilidade social do Banco do Estado de Sergipe, aquelas ruínas se transformaram em um patrimônio de Sergipe. A recuperação do Atheneuzinho ajuda a redefinir o nosso centro urbano, á valorizar a nossa história e a nossa arquitetura, mas com essa inauguração ganhamos muito mais que um prédio restaurado, ganhamos o primeiro museu do Nordeste a usar a tecnologia de ponta e o que há de mais moderno na informática, para preservar a memória do nosso povo e divulgar a cultura da nossa gente”, afirmou Marcelo Déda.
A restauração do prédio encantou também as antigas professoras e diretora do Atheneuzinho, as senhoras Lucila Moraes, Maria Hermínia Caldas e Maria do Carmo Lobão, respectivamente. “Eu fui aluna e professora do Atheneuzinho e estou encantada com tudo isso. Antes, quando passava e via aquela decadência do prédio, isso me entristecia, mas o que vi aqui hoje me emocionou”, disse a professora de francês aposentada, Lucila Moraes. “Alegra-me ver o meu antigo colégio como um recanto da cultura sergipana”, acrescentou a ex-diretora da instituição, Maria do Carmo.
Para a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, o espaço é mais um exemplo do compromisso do atual governo com a política de cultura, com a preservação do patrimônio e, sobretudo, com os aspectos que caracterizam a vida da gente sergipana. “Esse museu é sem dúvida um marco da política de cultura do governo Marcelo Déda. A população sergipana e a cultura popular ganham muito com essa inauguração, pois vão ter a partir desta tecnologia, a aproximação dos elementos que caracterizam a vida do povo sergipano como um todo, principalmente para as novas gerações”, ressaltou a secretária.
Instalações e tecnologia
Após a solenidade de abertura, onde também foi apresentada a nova marca do Banese, sustentada pelos pilares de força do banco: solidez, respeito ao cliente, modernidade e acessibilidade, o governador junto ao presidente do Banese fizeram o descerramento da placa inaugural e desenlace da fita da entrada do museu.
Um passeio no espaço possibilitou o conhecimento das instalações do local. O chefe do executivo estadual e demais presentes visitaram o pavimento térreo, que dispõe de um auditório com capacidade para 100 pessoas, foyer, átrio cultural e galeria para exposições temporárias que irão inserir Sergipe no roteiro cultural das exposições nacionais, loja, café e estacionamento.
Já no pavimento superior, os convidados puderam participar da experiência de se expor a um túnel com projeção em 360 graus, que exibe imagens das belezas naturais e dos biomas de Sergipe, além de conhecerem a mesa gastronômica, contendo ingredientes e pratos típicos do estado, entre outras exposições interativas sobre diversos aspectos da cultura sergipana, como seu artesanato, causos, lendas e mitos, personalidades, festas populares, jogos e brincadeiras populares, literatura de cordel e repente, feira livre.
Quem estava presente pode conferir ainda que o prédio está adaptado para pessoas com necessidades especiais, com inserção de rampas, elevador e piso táctil. As instalações museográficas também dispõem de instrumentos que possibilitam o acesso aos conteúdos para deficientes visuais e auditivos.
Fonte: ASN
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